"She's not real."
Spoilers Abaixo.
Calvin é um escritor que ficou famoso no colegial por
escrever um livro que virou um sucesso de vendas, mas desde a publicação de seu
livro ele não escreve mais nada. É aquele velho problema de nós escritores: a
página em branco. Além de não conseguir mais escrever por falta de inspiração,
Calvin tem uma vida amorosa fracassada: sua ex- o abandonou e seu irmão vive
lhe enchendo o saco para ele ser mais sociável com as mulheres. Calvin tenta,
mas prefere passar seu tempo lendo e com seu cachorro Scott. Chris Messina como Harry, irmão de Calvin é o típico cara
lindo, bem-sucedido com esposa e um filhinho e no início do filme, a insistência
de Harry parece meio que um bullying com o irmão magricela e nerd, porém ao
pouco vamos vendo que Harry não é tão “perfeito” assim e seu casamento já
passou por uma crise. Além de tentar escrever e passear com o Scott, Calvin
visita seu terapeuta para conversar e é quando percebemos pela primeira vez que
além de solidão Calvin sofre de uma forte carência.
Um dia o escritor tem um sonho com uma garota e fica
fascinado por ela, então ele desperta assustado no sofá de sua casa e corre as
escadas descontrolavelmente para escrever. Calvin, como todo bom escritor que
quando começa a escrever para de ter vida para dedicar-se apenas à sua obra.
Ele passa dias e noites escrevendo sobre uma garota chamada Ruby, a garota dos
seus sonhos que é uma fofa. Chega então o dia dele apresentar o livro ao seu
editor e antes de sair de casa ele tem uma surpresa: Ruby está ali.Isso me lembrou muito o filme Mais Estranho que a Ficção, se
bem que Ruby Sparks toma um rumo bem diferente. Pensando ter enlouquecido de
tanto escrever, Clavin pede ajuda ao irmão que manda ele sair de casa, só que
Ruby vai com ele e então descobrimos que sim, ela é de verdade. Ao encontrar a
garota de seus sonhos Calvin é todo amores, e os dois namoram por um tempo. Ele
descobre que pode fazê-la fazer o que quiser se escrever, então para. Mas como
todo relacionamento, eles entram em crise e é aí que o filme começa a mudar.
Todo mundo que já namorou alguma vez na vida sabe que depois
de um certo tempo as coisas vão ficando mais sérias e com Ruby e Calvin não é
diferente. Os pais dele a conhecem, o irmão que duvidou de sua sanidade mental
e todos a adoram, Ruby é bem simpática; o tipo de garota que todo mundo quer
por perto. Mas então nosso escritor torna-se mais fechado. Ao perceber a
mudança do namorado, Ruby decide se afastar um pouco e ficar um tempo sem
vê-lo. Com medo de voltar à solidão de sempre, Calvin corre para sua máquina de
escrever e a traz de volta como a pessoa mais carente do mundo e depois muda
sua personalidade novamente deixando-a feliz, o que rendo boas cenas
engraçadas.
Com peso na consciência, Calvin deixa Ruby voltar ao normal
e as brigas recomeçam e ela tenta ir embora novamente. É então que o drama pesa
no escritório onde Calvin escreve. Ele revela tudo à Ruby antes de em fim
entender que mesmo criando a namorada perfeita e amando-a mais que tudo não
pode obrigar ninguém a ficar do seu lado, nem mudar ninguém simplesmente por
que quer. Ele finalmente entende como funciona esse ser complicado que é o
humano e deixa seu complexo de Deus. Ele então termina seu livro que é para a
mulher que ama, seu único e verdadeiro amor: ela. A trilha francesa dá um tom bem cool no filme, e a casa dos
pais de Calvin é um verdadeiro paraíso como a Ruby diz. Paul Dano que eu só
conhecia de Show de Vizinha me impressionou com seu Calvin e adorei ver um
Antonio Bandeiras coroa. Ruby Sparks é um filme fofo, porém mais profundo que
aparenta ser e a fotografia é linda também.
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