“Antigamente, nós resolvíamos Fringe Events. Agora, vamos
criá-los.”
Spoilers Abaixo
Juro que não estava emocionalmente preparado para esse
episodio de fringe, Depois de ler o nome do episodio soltei gritinhos de
felicidade por saber que finalmente iria descobrir do que se trata o tão
misterioso colar da menina etta, e eu de tão inocente que sou, esperava que as
emoções parassem por ai.
Nas reviews passadas, reclamei que sentia falta da antiga
fringe, toda explosiva com finais que nos fazia dizer PATA QUE PARIU, acho que
alguém ouviu minhas preses, pois nesse episodio me presentearam com um tiro de
bazuca direto no estomago.
Depois da incursão nas matas do Povo Scab e a caça pelas rochas
vermelhas, Fringe precisava de um episódio para renovar nossa fé e aumentar
nosso ânimo nesta última temporada. E “The Bullet that Saved the World” definitivamente
foi o melhor episodio da temporada e entrou fácil pra minha lista de melhores
episódios da série.
Esse episodio trouxe tudo que consagrou Fringe como um dos
melhores dramas de ficção científica dos últimos tempos. E, o melhor, em doses
nada homeopáticas! Roteiro e direção pesaram a mão tanto no drama quanto na
ação e o resultado foi um casamento perfeito. Desde as sequências iniciais com
o Peter sendo perseguido, já deu pra ver que viria coisa boa.
Antes de chegarmos no
trágico desfecho, permita-me comentar as coisas legais que o episódio trouxe;
Walter mostrou que é bom em esconder coisas, começou por revelar que escondia todos os
fringe-events e teve a brilhante ideia de usá-los como arma contra os sugadores
de carbono, isso não foi só uma movimento inteligente, mas também uma homenagem
a fãs de longa data da série, que poderão relembrar muitos casos bizarros nessa
ultima temporada. A segunda coisa que Walter escondeu foi uma equação de física
que é a peça chave para o tão misterioso plano, porém os cálculos físicos encontrados
nesse equação vai além dos conhecimentos do nosso doutor.
A volta do Broyles foi um fator que me pegou de surpresa.
Ando correndo de qualquer spoiler mínimo que seja de Fringe, então não estava
esperando – embora, naturalmente, era óbvio que o pessoal antigo começasse a
dar as caras. O trabalho de maquiagem que usaram para envelhecer o Lance
Reddick merece um comentário à parte. Muito bem feito. Até as rugas do tempo
eram possíveis de se encontrar no rosto dele. Palmas para a equipe. Alguém
esperava que ele não fosse da Resistência? Porque eu, desde o primeiro momento,
senti que ele não era um Legalista.
Com a Etta fora de campo, acho que talvez recaia sobre ele a
responsabilidade de ensinar Peter, Olivia, Walter e Astrid a esconder os
pensamentos dos Observadores. E, com um aliado diretamente ligado aos inimigos,
talvez fique mais fácil para a antiga Fringe Division se esconder, agora que
perceberam que não estão mais seguros no laboratório e, na verdade, em nenhum
lugar. Desconfio que a influência do Broyles também vai ter alguma participação
direta na decodificação do tal plano do Walter que, até agora, está mais
complicado de se ler do que livro de engenharia para alguém da área de humanas.
Não costumo falar muito de detalhes técnicos, mas acho que a
direção desse episódio merece um destaque. Alguns closes fechados
(especialmente na conversa de Broyles com o tal Observador que parece o chefe,
quando Peter acorda no começo e na morte da Etta) ajudaram a transmitir o clima
ao mesmo tempo tenso e angustiante que The Bullet that Saved the World pedia.
As muitas cenas de ação também foram realizadas com sucesso e sem estragar o
clima do episódio – o que, geralmente, acontece com muitas séries.
Matar a Etta me pegou de surpresa. Mesmo. Eu esperava tudo,
menos isso. Quer dizer, matar só não. Explodir. Em mil pedaços. Eu demorei um
tempo para conseguir processar a situação. Quando ela foi capturada pelo
Observador durante a fuga, eu imaginei que ela ficaria sequestrada ou qualquer
coisa do tipo. Não me lembro de Fringe ter matado algum personagem secundário
assim, em questão de minutos, ainda mais no começo da temporada, excetuando o
B-Broyles na 3ª temporada e o B-Lee (mas esse já foi mais para o fim).
Contudo, deixando de lado o fator emocional e analisando por
estrutura de roteiro, a morte da Etta faz todo o sentido do mundo. É como se
ela tivesse concluído um ciclo. Tinha a missão de apresentar aos pais aquele
novo mundo e dar a eles algo pelo que lutar. De certa forma, ela morreu como
uma mártir. Se antes Peter e Olivia já estavam engajados no plano para derrotar
os Observadores, agora vai ser questão de honra. A força da Olivia ao segurar o
colar da filha é a prova. Provavelmente vão surgir teorias de que ela possa
estar viva, mas eu duvido muito, especialmente depois da explosão.
Joshua Jackson, Anna Torv e Georgina Haig arrasaram nas
sequências. Desde o tiro até as “últimas palavras” e a Etta desfalecendo nos
braços do Peter, tudo contribuiu para que o clima de emoção fosse criado com o
sucesso, o que realmente aconteceu.
A palavra formada pelos glyphs foi WOUND, que significa
"ferida". Bem, que podia fazer
referencia a Etta estar ferida e não morta, mas acredito que se refere à ferida
que a morte da Etta deixará em sua família.
In My Opinon:
- · Sim, como muitos suspeitavam, a bala que Etta carregava era a mesma bala que o Walter extraiu da cabeça da Olivia no final da temporada anterior. Peter apelidou a bala como "a bala que salvou o mundo", e foi esse apelido que deu nome ao episódio. Além disso, a bala proporcionou mais um belo momento entre mãe e filha... O último que Olivia teria ao lado da Etta.
- · Fiquei mais emocionado com a reação do Peter ao perder a Etta do que com a da Olivia. Não que a ex-agente não amasse sua filha tanto quanto o Peter, mas ele sempre me pareceu mais ligado a Etta -- talvez pelo fato da Olivia ser mais contida na demonstração de suas emoções. Etta era a "garotinha do papai", e uma prova disso foi o risco que o Peter correu para comprar um novo cordão pra filha. Ele faria tudo por ela. Foi ele que nunca desistiu de procurá-la, o que não diminui o amor da Olivia pela filha, apenas mostra que ela sente que não pode “se dar ao luxo” de focar no que aconteceu quando há um mundo que precisa ser salvo.
- · Coitada da "Astrif" e do Walter por ter que derreter tudo de novo depois da re-âmbarização do laboratório. Achei essa ideia meio sem sentido, mas funcionou pra despistar o sugadores de carbono.
- · Etta se foi... É uma pena, mas... vamos olhar pelo lado positivo? Para quem achava que ela estava “roubando” o espaço da Olivia na trama, a agente Dunham poderá voltar à ativa com força total, munida de um sentimento de raiva e vingança -- pelo menos é o que espero. Os Observadores que se preparem!
Com quase 25% da temporada exibida, Fringe surpreende pela
imprevisibilidade. Alguém esperava a morte da Etta, ainda mais tão cedo?
Foi muito bom esse episódio. Tive a mesma reação de desamparo que você. Senti a dor do peter e da olivia ao perceberem que perderam a filha de novo.
ResponderExcluirEssa temporada de Fringe já estava boa, mas após esse episódio tenho certeza que a qualidade irá crescer ainda mais. faltam 9.
Fringe nunca, nunca decepciona.
ResponderExcluirE que coisa linda foi aquela do Broyles reconhecer imediatamente a filha de Olivia? Levá-la para a Divisão Fringe para protegê-la? E o abraço? E o "Agente Dunham"?
Gosto mais do Peter amoroso. Esse negócio de sair atirando com uma arma em cada mão forçou um pouquinho. Entendo a aparente reação baseada na vingança que se desenha. Mataram sua garotinha.
Mas se ficar só nisso, não dá. Não é Fringe .Acredito mais na redenção do que na vingança. Tem sido assim durante toda a série. Quando nossos amados personagens tentaram agir isoladamente, motivados por vingança, ou envolvidos no ódio de outros (Walternativo é o melhor exemplo,) sempre deu errado. E onde fica o "seja um homem melhor que seu pai"?
Episódio Fantástico!!
Valeu o comentário Flavia.
ExcluirEu também acredito que vai chegar um momento em que Peter vai perceber que pautar seus atos apenas na vingança, não trará bons frutos, mas tenho quase certeza que os próximos episódios vão ser construídos tomando como base esse sentimento.
Fringe sempre foi uma série sobre perdas, não comentei na review, mas achei sensacional o paralelo que se pode fazer quando levamos em conta o fato de que assim como nosso Walter perdeu Peter no passado, aconteceu com Etta nesse presente, por isso creio que tomar decisões como "atravessar a barreira entre univeros" será o mínimo que Peter fará.
Realmente um episódio fantástico.
É realmente dificil de acreditar, o que aconteceu nesse episódio. Apesar das coisas ja estarem ruins, ainda pode piorar, e dessa vez piorou de vez, nao consigo imaginar o que de pior ainda pode vir. Sem dúvidas tudo pode acontecer agora. Eu espero sinceramente que a fringe division tenha ajuda do pessoal alternativo, para poder exterminar os Observers e caso isso aconteça, que viagens no tempo sejam possiveis, para que nao venhamos a perder nossa querida Etta. Por mais que no final tudo de certo, ficaremos que aquele aperto no coração e sentimento de que esta faltando alguma coisa...A filha do casal sci-fi mais épico de todos !
ResponderExcluirEu estava falando sobre isso ontem com um amigo o Darlan (que escreve sobre The Neighbors) também acredito que a galera do lado B seja a chave para resolver toda essa bagaça! e definitivamente essa frase deve ir para lápide de etta "A filha do casal sci-fi mais épico de todos."
ExcluirObvio que eu queria ver a galera do lado b de novo, mas não acho que vá rolar. Acho que a Etta morreu mesmo com aquela granada de antimateria. Tomara que eu esteja errado e a série volte a me surpreender..
ExcluirGente o pessoal cria muitas teorias mirabolantes… uma resposta já nos foi dada! A Etta não herdou nenhum poder do cortexiphan e sim aprendeu um modo com que os observadores não conseguissem lê-la e até ensinou ao Broyles e inclusive outros. Tanto é que quando foi capturada não conseguiu fazer o truque e o observador conseguiu saber o que ela pensava. Quando a morte de Etta não tenho dúvidas! Faz até mais sentido, pois agora eles tem ainda mais motivo para derrubar os observadores.
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