Ela apareceu num período em que o sobrenatural estava na moda e tinha tudo pra ser apenas mais uma. O que logo me perguntei assim que li sobre ela foi sobre sua duração. Se Grimm se baseia em contos de fadas, mais especificamente os compilados pela famosa dupla de irmãos alemães que dão nome à série, isso pressupunha que ela não teria vida longa. E quando aparece uma nova série, é certamente uma das coisas que os fãs mais desejam: várias e várias temporadas. Mas, ao ver o episódio piloto, nada melhor que a surpresa, mesmo que os efeitos especiais tenham deixado um pouco a desejar.
A primeira temporada foi marcada por uma boa quantidade de explicações e a cada episódio dava para perceber o quanto a história é intrincada e cheia de detalhes e pormenores. Quem realmente são os Grimm, sua função, as “espécies” do mundo Wesen e sua mitologia... Foi até engraçado perceber que um Grimm equivale ao nosso “Bicho Papão” para os sobrenaturais que, como no “mundo normal” também são malvados ou bonzinhos. O detetive Nicholas "Nick" Burkhardt (o fofo, David Giuntoli) é o bom-moço e bom policial que, pela primeira vez, contraria a tradição de ser um mero caçador dos seres “diferentes”. Monroe (o ótimo, Silas Weir Mitchell), um Blutbad, vulgo Lobo-Mau, que não segue mais seus instintos, acaba por tornar-se seu grande-amigo-braço-direito e o ajuda a lidar com as descobertas do mundo das criaturas, também em seu trabalho na polícia de Portland e juntos vão desvendando crimes que envolvem os Wesen. Ainda temos outros personagens que se relacionam diretamente com Nick: sua companheira, a veterinária Juliette (Bitsie Tulloch); seu parceiro, Hank (Russell Hornsby); Rosalee (Bree Turner), irmã de uma vítima cujo homicídio Nick resolveu e tornou-se mais uma amiga Wesen, uma Fuchsbau. A veia cômica fica por conta do leve Sargento Wu (Reggie Lee) e belíssimas tiradas de Monroe.
A primeira temporada acaba com uma boa quantidade de ganchos para novas histórias e consegue deixar os fãs na expectativa, ainda que alguns aspectos sejam bem previsíveis, como o lado “negro” do Capitão Renard, já que desde o início da série o telespectador sabe que ele é alguém muito poderoso e que tem Nick sob cuidadosa supervisão, mas nunca se revelou e a possível descoberta de seu segredo por Juliette e Hank. A segunda temporada estreou aqui na terrinha em meados de setembro, exibida no Universal toda segunda às 23h. Confesso que estranhei um pouco o tom violento do primeiro episódio da nova temporada, mas acho que a proposta era essa mesmo, desde o início, de que gradativamente veríamos mais sangue em cena. Mas, estranha mesmo foi a sensação de que havia passado tanto tempo desde a season finale e o primeiro episódio começa exatamente como ela terminou: com a volta da mamãe Grimm e Juliette como a Bela Adormecida em coma no hospital. Agora, nosso Grimm politicamente correto vai ter que aprender a lidar com a amnésia de sua amada, com a volta da mamãe do mundo dos mortos, com o comportamento tenso de seu parceiro, com os Ceifadores que desejam sua cabeça e com o fato de que ele não poderá mais continuar tão politicamente correto.
Bem, temos um trabalho um tanto árduo pela frente agora: comentar os cinco primeiros capítulos da 2ª temporada e, a partir deste domingo, teremos uma review para cada novo episódio, ok? Então, ¡manos a la obra!
Em Bad teeth aparece uma criatura violentamente fantástica, o Mauvais Dentes, parecido a um tigre dentes de sabre, estraçalha suas vítimas em segundos. Nick está tentando se acostumar com a ideia de que sua mãe está viva e é visível nele o sentimento de traição, já que sua Tia Marie sabia que quem morreu no lugar dela foi uma amiga. Mas, pra ser sincera, eu fiquei meio desconfiada das intenções da mamãe Grimm, o olhar dela para as Moedas foi de pura cobiça, acho que aí tem coisa. Nick acaba como suspeito de participar dos crimes cometidos pelo Mauvais Dentes, e pela morte do próprio, todos percebem que ele esconde algo, mas não há provas contra ele e Hank chega a desconfiar que ele está protegendo alguém, só que ninguém nem imagina que é a mãe dele.
O que podemos perceber é que há uma trama muito maior se desenrolando, a série não é apenas sobre um cara que consegue enxergar criaturas e que tem que persegui-las e matá-las como manda sua tradição familiar. Há certo clima de conspiração, o que o próprio Nick comentou em um episódio da primeira temporada quando ele ainda estava aprendendo sobre as Sete Famílias e a Realeza. E é justamente aí que entra o nosso charmoso Capitão Renard. Ele é um príncipe, mas pelo que eu entendi, bastardo. Em The kiss, a mãe de Adalind, a também Hexenbiest Catharine, dá uma fórmula a Renard para que ele se “purifique” e com um beijo desperte Juliette do coma, e ela conta à mãe de Nick, antes de morrer depois de muita pancadaria, que há um príncipe em Portland. Acho que ainda vamos ver alguma consequência desse beijo nos próximos episódios e foi uma parte bastante interessante pois vimos o Capitão Renard meio transformado pela primeira vez (pra mim ele pareceu uma Hexenbiest!!).
Hank continua muito tenso e tendo pesadelos com as coisas que andou presenciando e, inclusive, procura ajuda profissional, perde o controle e decide voltar à sua rotina, e assim chegamos a Bad moon rising no qual um antigo amigo de Hank o procura porque sua filha desaparece. De cara Nick percebe que ele é um Wesen, um Coyotl. Depois de seguir algumas pistas, Nick, Hank e o pai da garota chegam ao local onde ela está como prisioneira de sua antiga matilha, prestes a participar de um ritual de fecundação meio sinistro e a salvam. O mais legal desse episódio é que Hank consegue enxergar claramente a garota, sua afilhada, como uma Coyotl. A partir de agora, Hank faz parte da jogada e sente feliz com isso dizendo a Nick que agora sabia que se estava louco não estava sozinho nessa, já que Nick também enxerga as criaturas. Enquanto isso, desde que acordou, Juliette tenta lembrar quem é Nick e as coisas entre eles estão bem estranhas. Que peninha do nosso querido Grimm, com aquela carinha de quem tá sofrendo, é de partir o coração.
O que podemos perceber é que há uma trama muito maior se desenrolando, a série não é apenas sobre um cara que consegue enxergar criaturas e que tem que persegui-las e matá-las como manda sua tradição familiar. Há certo clima de conspiração, o que o próprio Nick comentou em um episódio da primeira temporada quando ele ainda estava aprendendo sobre as Sete Famílias e a Realeza. E é justamente aí que entra o nosso charmoso Capitão Renard. Ele é um príncipe, mas pelo que eu entendi, bastardo. Em The kiss, a mãe de Adalind, a também Hexenbiest Catharine, dá uma fórmula a Renard para que ele se “purifique” e com um beijo desperte Juliette do coma, e ela conta à mãe de Nick, antes de morrer depois de muita pancadaria, que há um príncipe em Portland. Acho que ainda vamos ver alguma consequência desse beijo nos próximos episódios e foi uma parte bastante interessante pois vimos o Capitão Renard meio transformado pela primeira vez (pra mim ele pareceu uma Hexenbiest!!).
Hank continua muito tenso e tendo pesadelos com as coisas que andou presenciando e, inclusive, procura ajuda profissional, perde o controle e decide voltar à sua rotina, e assim chegamos a Bad moon rising no qual um antigo amigo de Hank o procura porque sua filha desaparece. De cara Nick percebe que ele é um Wesen, um Coyotl. Depois de seguir algumas pistas, Nick, Hank e o pai da garota chegam ao local onde ela está como prisioneira de sua antiga matilha, prestes a participar de um ritual de fecundação meio sinistro e a salvam. O mais legal desse episódio é que Hank consegue enxergar claramente a garota, sua afilhada, como uma Coyotl. A partir de agora, Hank faz parte da jogada e sente feliz com isso dizendo a Nick que agora sabia que se estava louco não estava sozinho nessa, já que Nick também enxerga as criaturas. Enquanto isso, desde que acordou, Juliette tenta lembrar quem é Nick e as coisas entre eles estão bem estranhas. Que peninha do nosso querido Grimm, com aquela carinha de quem tá sofrendo, é de partir o coração.
Com Quill e The good shepherd a impressão que tive foi de que as histórias serviram apenas como pano de fundo para o desenrolar de situações paralelas, foram de enredos rápidos, previsíveis e com finais um pouco bruscos. Quill trata de uma doença que pode ser fatal para os Wesen, pondo em risco as vidas de Monroe e Rosalee, enquanto The good shepherd conta como um Blutbad guia uma igreja de Seelenguts, um verdadeiro paradoxo: lobo em pele de cordeiro e guiando outros cordeiros. Os pontos altos de Quill se resumem a Hank aprendendo com Nick sobre o mundo Wesen, Nick contando a Hank sobre Monroe e Bud, um Eisbiber, contando a Juliette que Nick é um Grimm, enquanto ela se esforça tentando lembrar de algo e perguntando a quem os conhece como eles eram como casal. Ah, as cenas “calientes” entre Monroe e Rosaliee foram muito legais, os dois sempre tão retraídos e conservadores, pena que era um dos sintomas da peste que Rosalee contraiu. Nem um pouco alheio a tudo que está ocorrendo com Nick, vemos de tocaia um Nuckelavee enviado pela realeza para vigiá-lo de perto e tentar pegar a Chave que tia Marie lhe deixou. Em The good shepherd, o que de mais interessante ocorre para a trama maior é um flashback do Capitão Renard lembrando o beijo em Juliette e o fato do corpo do Nuckelavee ter aparecido boiando no rio, depois que Nick o confrontou no trailer de tia Marie.
P.S.: Então, esses foram os fatos mais relevantes que tivemos na estréia da segunda temporada até agora e, excepcionalmente, teremos um novo post ainda hoje sobre Over my dead body.
Grimm arrasa...
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