Zeca é um escritor frustrado, que enfrenta o problema de terminar
seu romance. Ele é casado com Júlia, uma professora bem sucedida, e vive da mesada
que sua falecida mãe deixou. Não bastasse se sentir um 0 à esquerda, Zeca
descobre que sua mulher o trai com outra. Ele então vai atrás da concorrência e
acaba se apaixonando. Além do triângulo amoroso, o escritor vive levando bronca
do pai que o pressiona para terminar seu livro, pois, segundo ele “um homem tem
que fazer algo de sua vida, especialmente alguém com talento” como o filho.
É muito claro para qualquer um que Zeca sofre de falta de
inspiração e não só para escrever como para viver também. Afinal de contas, um
casamento onde uma das pessoas só quer transar e a outra tem um caso, é o
típico cenário da chatice.
As cenas de sexo são bem alá filmes nacionais e a putaria
corre solta quando Zeca decide ficar com Júlia e Carol. Mas o desfecho final
foi um pouco feliz para o personagem que convenhamos, precisava deixar sua
adolescência para virar um homem.
A trilha de Caetano
não poderia ter caído melhor e as citações literárias também foram uma boa
pedida.Caio Blat é um bom ator no geral, no cinema ele sempre deu show e neste
filme ele fez cumprir seu papel de “corno manso/ escritor que vai ao fundo do
poço”. Não conhecia o nome de Maria Ribeiro, mas já tinha visto seu trabalho
antes e adorei a direção fotográfica de Nonato Estrela, muito boa mesmo.
O filme ganhou o Festival do Rio de Melhor Filme de Ficção.
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